Como cuidar do cão cego?

Nascer cego é diferente de ficar cego. Um cão que já nasce cego terá algumas dificuldades, sem dúvidas, mas ele não conhece nada diferente disso. Então, ele não precisa se ajustar – ele irá, desde o início da vida, aprender a viver como um cão cego. Já um cão que se torna cego, após ter passado anos usando a visão como o sentido primário, pode ter mais dificuldades. A maior parte dos cães se adapta com relativa facilidade à cegueira, sem que haja um grande impacto emocional. Quando o animal se torna cego de forma mais lenta e gradual, como ocorre na maioria dos casos de catarata ou de atrofia de retina por exemplo, há mais tempo para a adaptação, e tudo se torna mais fácil. Por outro lado, alguns animais podem sim ficar abalados. Sem entender o que aconteceu e sem saber como reagir, ele pode ficar desorientado e deprimido.
Veja abaixo algumas orientações para facilitar a vida no seu amigo:
Dicas para aplicar medicações oftálmicas

As principais apresentações de medicamentos oftálmicos por via tópica estão na forma de colírio, gel e pomada. Cada um possui um tipo de absorção e tempo de ação na superfície ocular, por isso é necessário conhecer as formulações e indicações de cada um, e suas formas corretas de aplicação para um resultado mais adequado.
Atenção aos olhos vermelhos em seu pet

Quando nos deparamos com um cão ou gato que está com a parte branca do olho (esclera) com coloração avermelhada devemos nos atentar. Isso acontece porque há uma alteração na conjuntiva que recobre a esclera (conjuntiva bulbar) ou nos vasos mais profundos do olho. É sempre bom investigar se neste olho há também histórico de coceira (prurido), lacrimejamento excessivo, dor ou presença de secreção.
O meu pet está com olho branco

Para respondermos a essa pergunta primeiro precisamos entender que algumas estruturas oculares têm a manutenção de sua transparência como necessidade para realizar suas funções. Dentre essas estruturas temos a córnea, humor aquoso (líquido que existe dentro do olho), a lente (também chamada de cristalino) e o vítreo (um gel que fica na parte posterior do olho). Assim, a perda de transparência desses meios refrativos muitas vezes representados por aspecto branco, azulado ou acinzentado podem genericamente serem denominados, pelos tutores de pets, de olho branco.
Evite a cegueira do seu pet com estas dicas

Além das consultas regulares ao oftalmologista veterinário, também é preciso evitar o contato direto dos olhos do animal com o vento; cortar os pelos próximos à região ocular no caso de raças com pelos longos que caem nos olhos; e sempre utilizar remédios ou qualquer outro produto para os olhos do pet somente com a recomendação de um médico veterinário.
Principais doenças oftálmicas em cães e gatos

Os principais sinais relacionados com problema ocular são:
• Olhos fechados ou piscando excessivamente
• Olhos vermelhos
• Prurido nos olhos
• Alteração na cor e tamanho dos olhos
• Sensibilidade exagerada à luz
• Secreção ocular
• Deficiência visual ou cegueira
• Dor ocular
• Olho com aspecto seco
O que é lágrima ácida?

O termo “lágrima ácida” se refere às manchas escuras ao redor dos olhos de cães. Porém, o pH da lágrima não tem influência direta com essa mancha.
A Cromodacriorréia, termo correto relacionado a essas manchas, é uma pigmentação marrom-avermelhada que acontece com frequência em animais com epífora e/ou lacrimejamento. Isso faz com que a lágrima escorre através das pálpebras levando à umidade dos pelos ao redor dos olhos e consequente pigmentação local.
Exame oftálmico: Ultrassom ocular

Muitas pessoas não sabem e até se espantam quando se fala da necessidade de fazer ultrassom do olho. O conhecimento que se tem para a grande maioria é que esse exame é realizado apenas no abdômen. Isso não é verdade, o ultrassom pode ser realizado nos olhos sim e com muitas indicações.
Exame oftálmico: reflexo pupilar fotocromático

O teste de reflexo pupilar fotocromático é um exame que pode ajudar no diagnóstico da cegueira durante uma consulta oftálmica. É um teste de retina e do nervo óptico realizado em animais no qual a resposta pupilar é estimulada pela luz vermelha e pela luz azul. Como a íris dos animais reage a diferentes comprimentos de onda de luz, o exame é útil no diagnóstico de degeneração retiniana adquirida subitamente (SARD), atrofia progressiva da retina (PRA), coriorretinopatias, descolamento de retina, glaucoma, distúrbios do nervo óptico e quiasma óptico e certas doenças cerebrais que causam cegueira.
Exame oftálmico: Eletrorretinografia

A eletrorretinografia (ERG) é um exame oftalmológico complementar que mensura a atividade elétrica da retina quando estimulada por flashes luminosos de diferentes intensidades através de um aparelho específico e calibrado para isso.