Para respondermos a essa pergunta primeiro precisamos entender que algumas estruturas oculares têm a manutenção de sua transparência como necessidade para realizar suas funções. Dentre essas estruturas temos a córnea, humor aquoso (líquido que existe dentro do olho), a lente (também chamada de cristalino) e o vítreo (um gel que fica na parte posterior do olho). Assim, a perda de transparência desses meios refrativos muitas vezes representados por aspecto branco, azulado ou acinzentado podem genericamente serem denominados, pelos tutores de pets, de olho branco.
Dependendo da localização dessa alteração o aspecto de olho branco pode ser mais intenso ou menos intenso. O mais comum são as alterações na córnea e na lente. As patologias presentes nessas duas estruturas do olho são muito frequentes e de tratamentos e prognósticos diferentes.
As principais alterações encontradas na córnea são o edema, que pode estar relacionado com doenças sistêmicas (uveítes), glaucoma (pressão alta), úlceras ou falha da função das células endoteliais da córnea por exemplo, e as opacidades decorrentes de cicatrizes de lesões anteriores. Já na lente, que está presente dentro do olho, as principais alterações encontradas são a catarata e a esclerose nuclear senil, que são muito semelhantes inicialmente em suas apresentações clínicas, embora de tratamentos distintos. Algumas alterações podem ser congênitas, ou seja, presentes desde o nascimento, ou adquiridas ao longo da vida do pet.
Embora a coloração opaca do olho possa ser similar entre as alterações comentadas, a catarata ainda é a mais comum dentre todas quando falamos em olho branco, diferentemente das outras patologias que estão representadas por uma coloração mais acinzentada ou azulada, mesmo muitas vezes sendo “generalizada” de olho branco.
Os sinais clínicos apresentados pelo pet são muito importantes quanto a gravidade da alteração, geralmente a perda de visão associada com a coloração branca do olho pode ser mais grave do que a presença de algum grau de visão. Muitas vezes o tempo pode influenciar de forma importante nas chances de uma reposta mais positiva ao tratamento e até mesmo na prevenção da cegueira permanente.
É muito importante um profissional especializado fazer uma avaliação nesses casos para saber exatamente o que está acontecendo com o seu pet e indicar o tratamento mais adequado. Através dos exames oftálmicos é possível saber exatamente o local da lesão e o prognóstico do caso.