A ceratoconjuntivite seca, mais conhecida como olho seco, é uma doença muito comum em cães caracterizada principalmente pelo excesso de secreção nos olhos.
É um processo inflamatório da córnea e da conjuntiva que ocorre devido à deficiência da quantidade ou da qualidade do filme lacrimal, ou ainda uma combinação de ambas, resultando no ressecamento da superfície ocular, explica o Dr. Lucas Bahdour Cossi.
Esta afecção também pode ocorrer em indivíduos da espécie humana, gatos e equinos. Geralmente a doença ocorre nos dois olhos, mas há casos em que apenas um olho se apresenta seco, principalmente em casos de trauma (batida na cabeça, acidente automobilístico).
CAUSAS E SINAIS OFTÁLMICOS
No cão, a ceratoconjuntivite seca, causadora da secreção nos olhos, possui várias etiologias, porém, acredita-se que a causa imunomediada (um processo do próprio organismo contra a glâncula lacrimal) seja a mais comum.
Esta afecção apresenta como principais sinais clínicos o desconforto ocular, fotofobia (incômodo com a luz), blefaroespasmo (piscar excessivo), prurido (coceira), opacidade da córnea (perda de brilho do olho), secreção ocular, hiperemia conjuntival (olho vermelho), vascularização e lesões na córnea.
Inicialmente, os sinais clínicos são muito semelhantes aos de uma conjuntivite bacteriana, o que muitas vezes retarda o diagnóstico e tratamento correto. É uma doença oftálmica progressiva podendo levar à cegueira se não tratada, principalmente pela pigmentação da córnea (manchas escuras), que impedem a passagem de luz.
RAÇAS PREDISPOSTAS A OLHO SECO
Qualquer raça pode apresentar a doença, mas as que apresentam maior predisposição são: Cocker Spaniel Americano, Shih Tzu, Buldogue Inglês, Schnauzer miniatura, Pug, Yorkshire Terrier, Pequinês e Boston Terrier. Em gatos a ceratoconuntivite seca é menos frequente do que em cães, mas algumas raças apresentam predisposição: Abssínio, Persa e Himalaia.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico da ceratoconjuntivite seca é baseado no histórico, nos sinais clínicos e exames oftálmicos específicos como o teste lacrimal de Schirmer reduzido, um exame que mede a produção de lágrima.
Na maioria dos casos, o tratamento clínico com uso de produtos tópicos que estimulam a produção lacrimal (imunomoduladores) e substitutos da lágrima (lubrificantes), além de antiinflamatórios e antibióticos, proporcionam uma boa resposta. Os casos que não respondem a terapia medicamentosa devem ser avaliados quanto a necessidade de submeter-se ao tratamento cirúrgico.
Cabe aos tutores ficarem atentos a secreção nos olhos e não deixarem que o problema aumente, pois, quando identificado no início, é mais fácil reverter a situação.
PREVENÇÃO
A prevenção do olho seco em cães e gatos é realizada com o acompanhamento veterinário adequado. É importante alertar que essa afecção não tem cura, mas sim controle.
Mesmo que diminua muito a secreção nos olhos basta parar com os estimulantes lacrimais para que todos os sinais voltem a aparecer, ou seja, o paciente necessita de tratamento para sempre e acompanhamento com um oftalmologista veterinário durante a vida toda.
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