O Buldogue Inglês é baixinho, forte e muito dócil. Tem o temperamento calmo e como a maioria dos cães, gosta de ficar perto da família humana. Apesar da aparência, o Buldogue é jovial, cômico é um dos cães mais amáveis. Ele quer agradar, apesar de ser teimoso. Eles se dão muito bem com crianças. São moderadamente simpáticos com estranhos. A raça se dá bem com outros animais domésticos, mas pode ser um pouco encrenqueira com outros cães.

O Buldogue é muito teimoso e tem dificuldade em aprender comandos. É um dos cães mais difíceis de ensinar, educar e adestrar. É um cão robusto, compacto, poderoso e amplo. Ele tem uma cabeça grande em relação ao corpo, onde a pele é solta e enrugada. O focinho é curto e largo e os lábios são grossos. Suas pernas são curtas, fortes e musculosas.

As principais alterações oftálmicas dessa raça se encontram abaixo: 

Ceratoconjuntivite seca

Mais conhecida como olho seco, é um processo inflamatório da córnea e da conjuntiva que ocorre devido à deficiência da quantidade ou da qualidade do filme lacrimal, ou ainda uma combinação de ambas, resultando no ressecamento da superfície ocular. Possui várias etiologias, porém, acredita-se que a causa imunomediada (um processo do próprio organismo contra a glândula lacrimal) seja a mais comum. É uma doença oftálmica progressiva podendo levar à cegueira se não tratada. Na maioria dos casos, o tratamento clínico com uso de produtos tópicos que estimulam a produção lacrimal (imunomoduladores) e substitutos da lágrima (lubrificantes) proporcionam uma boa resposta. 

Prolapso da Glândula da 3ª pálpebra

Conhecida também como olho de cereja e com maior ocorrência em cães jovens, o prolapso ocorre devido a um processo de aumento de volume da glândula associado a pouca resistência da fixação de tecido conjuntivo ao redor da mesma. O sinal clínico mais evidente é uma bolinha vermelha, inchada, não dolorosa no canto do olho perto do focinho. O tratamento definitivo dos prolapsos da glândula da terceira pálpebra é o seu reposicionamento cirúrgico.

Entrópio

É quando a margem palpebral é invertida e faz com que os pelos ficam em contato com a superfície ocular, causa desconforto e irritação nos olhos, lacrimejamento e até ulceras de córnea. Os primeiros sinais de entrópio são lacrimejamento, coceira nos olhos, olhos vermelhos e secreção. Se o entrópio persistir por um período prolongado de tempo, a córnea pode perder sua transparência e integridade levando a sequelas graves e em alguns casos a cegueira. O tratamento é cirúrgico com objetivo de restabelecer a anatomia da pálpebra para proteger a superfície ocular e manter a integridade do filme lacrimal.

Úlcera de córnea

É uma lesão da córnea causada geralmente por traumas físicos ou químicos devido a grande exposição dos olhos. Por ser uma raça muito agitada e brincalhona, eles podem facilmente machucar o olho devido algum trauma, ainda mais por ter os olhos desprotegidos (comum em braquicefálicos), que contribuem para a alta ocorrência dessas lesões na raça. Úlceras são dolorosas e requerem cuidados veterinários urgentes, já que a falta de tratamento pode resultar em agravamento da lesão, perfuração ocular e cegueira. O tratamento das úlceras da córnea depende da profundidade da lesão e na maioria das vezes é realizado através de colírios, porém as lesões mais graves provavelmente exigirão intervenção cirúrgica.

Para cuidar dos olhos do seu bichinho é importante fazer consultas anuais com um oftalmologista veterinário para tratar da saúde dos olhos dele e prevenir doenças. Porém a qualquer anormalidade observada nos olhos de seu cão, procure seu veterinário de confiança o mais rápido possível.