Os principais problemas oftálmicos do São Bernardo

Na sua origem nos alpes suíços de Saint Bernard a raça de cães de São Bernardo foi usada para proteger os terrenos locais, bem como para ajudar a encontrar e salvar viajantes perdidos e feridos. Hoje, o São Bernardo desfruta do conforto da vida familiar em muitos lares em todo o mundo. Ele é versátil e excelente em testes de obediência, elaboração (puxando um carrinho ou carroça) e competições de levantamento de peso.

Os primeiros registros escritos da raça São Bernardo são de monges no Grande Hospital Saint Bernard, em 1707. O mais famoso São Bernardo reconhecido por salvar pessoas acidentadas em um desfiladeiro foi Barry que supostamente salvou entre 40 e 100 vidas. Há um monumento à Barry no Cimetière des Chiens, e seu corpo foi preservado no Museu de História Natural, em Berna.

Os cães São Bernardo são conhecidos por serem “gentis gigantes” com temperamento calmo, paciente e estimulante para crianças e adultos. Porém, nossos gigantes devem ser socializados cedo para evitar qualquer tendência territorial temerosa. O São Bernardo é um cachorro gigante. O peso da raça é entre 65 e 120 kg e a altura aproximada na cernelha é de 70 a 90 cm. Os clubes da raça dos EUA e do Reino Unido colocam a média de vida de um São Bernardo entre 8 e 10 anos. A taxa de crescimento muito rápida e o peso de um São Bernardo podem predispor ao aparecimento de algumas doenças. O São Bernardo pode herdar ou desenvolver problemas oculares, alguns dos quais, se não forem tratados, são causa de cegueira, dor e assim prejudicando a qualidade de vida do seu cão.

Abaixo estão as descrições dos principais problemas oftálmicos do São Bernardo:

Entrópio

Quando a margem palpebral é invertida e faz com que os pelos ficam em contato com a superfície ocular, causa desconforto e irritação nos olhos, lacrimejamento e até ulceras de córnea. Os primeiros sinais de entrópio são lacrimejamento, coceira nos olhos, olhos vermelhos e secreção. Se o entrópio persistir por um período prolongado de tempo, a córnea pode perder sua transparência e integridade levando a sequelas graves e em alguns casos a cegueira. O tratamento é cirúrgico com objetivo de restabelecer a anatomia da pálpebra para proteger a superfície ocular e manter a integridade do filme lacrimal.

Ectrópio

É a virada da pálpebra para fora, ou seja, ocorre o afastamento da pálpebra em relação ao olho. Essa condição é mais encontrada em animais senis, porém existem relatos em que animais jovens podem ser acometidos. Os sinais clínicos observados são a exposição da conjuntiva palpebral e parte da terceira pálpebra, lacrimejamento intenso e secreção conjuntival abundante. O tratamento, na sua grande maioria é feito através da intervenção cirúrgica. A cirurgia é bastante simples, porém requer bastante precisão no momento da correção.

Anormarlidades ciliares

É quando os cílios erroneamente ficam em contato com a superfície ocular (ficam voltados para o olho). Cílio ectópico é quando eles nascem na parte interna da pálpebra, na conjuntiva palpebral. Já a distiquíase é quando os cílios nascem no orifício das glândulas tarsais. Essas duas alterações levam ao desconforto e irritação ocular, como se tivesse um cisco dentro do olho estimulando a coceira. O tratamento de ambos é a remoção cirúrgica dos cílios.

Catarata 

A catarata consiste em uma opacidade do cristalino, o que impede que a luz penetre até a retina. Os sinais aos quais o dono deve estar alerta são a cor esbranquiçada do olho (na região da pupila) e os sinais de diminuição da visão do animal (desorientação, esbarrar em paredes, etc.). O único tratamento para a catarata é a cirurgia, no qual o cristalino é removido por um aparelho específico através de um procedimento chamado de facoemulsificação, técnica mais indicada e moderna atualmente. É uma cirurgia com uma taxa de sucesso alta. Contudo, esse sucesso encontra-se condicionado por vários fatores.

Prolapso da glândula da terceira pálpebra ou olho de cereja

O prolapso ocorre devido a um processo de aumento de volume da glândula associado a pouca resistência da fixação de tecido conjuntivo ao redor da mesma. Com maior ocorrência em cães jovens, o sinal clínico mais evidente é uma massa vermelha, inchada, não dolorosa no canto do olho perto do focinho. O tratamento definitivo dos prolapsos da glândula da terceira pálpebra é o seu reposicionamento cirúrgico evitando assim outras complicações oftálmicas.

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