É inerente ao tutor se preocupar com a condição da saúde visual do pet, principalmente quando o mesmo fica cego ou nasce cego. Ao nascer cego o animal passa a vida toda conhecendo a situação como “normal” e tem uma adaptação quase que instantânea.
Porém, caso o cão fique cego, é importante entender se foi uma cegueira gradual ou abrupta.
Caso seja uma cegueira gradual é importante considerar que o cão foi se adaptando aos poucos com a condição e, assim, terá menos dificuldades do que o cão que sofreu de uma cegueira repentina.
Para proporcionar uma melhor qualidade de vida ao pet nessas condições é preciso ficar atendo a detalhes que podem passar despercebido.
Segurança do tutor e do pet
Com o pet em condições de cegueira é importante agir com cautela, para que não haja prejuízos nem para o tutor, nem para o pet.
É essencial que o tutor tenha em mente a reação de luta ou fuga do cão, que pode resultar por um ataque mesmo que acidental. Isso se deve pela alta dependência da visão, que ao perdê-la — principalmente de forma repentina — pode gerar um estresse ao pet.
Por isso, é importante que o tutor tenha cuidados ao tocar o pet, sempre avisando-o que está se aproximando e vai tocá-lo.
Outro cuidado é na hora da alimentação, em nunca oferecer o alimento para o pet na mão, pois o pet pode não se atentar e acabar machucando o tutor.
A segurança por si só do pet também é algo a se preocupar, assim, colocar grades próximo a piscinas, escadas e outros ambientes da casa que são perigosos os ajudam a não se machucarem.
Facilite a passagem e ajude no mapeamento da casa
Os cães aprendem a “mapear” mentalmente a casa, assim, podem se locomover com mais segurança dentro daquele espaço. Por isso, facilitar a passagem é algo importantíssimo. Guarde objetos que ficam jogados pelo meio da casa, deixe passagens desobstruídas para evitar esbarrões que deixarão o pet desorientado.
Ajude-o no mapeamento com um local fixo para os móveis, odores e texturas. Caso cada parte da casa tiver um odor específico e tapetes com texturas diferentes, o pet se orientará de forma mais fácil.
Além da técnica de odores ajudar ao pet a se sentir mais seguro na locomoção, pode ajudar, também, na ausência do tutor. Os cheiros familiares ajudam a reconfortar o pet, diminuindo a ansiedade da separação e a insegurança em ficar sozinho.
Comunicação e treinamentos
Com a visão deixada de lado, o pet tende a utilizar muito mais a audição e o olfato, por isso a comunicação fica ainda mais importante.
Os comandos verbais são essenciais para que o pet saiba quem está se aproximando, o que será feito e até como deve-se portar.
Caso o pet tenha sido treinado antes da perda da visão, os comandos continuam os mesmos e auxiliarão muito ao pet se adaptar a nova rotina. Caso o cão tenha nascido cego, existem alguns especialistas que podem ajudar no adestramento.
Além disso, a comunicação é uma forma de mostrar ao pet que está tudo bem.
É indicado ao tutor para falar sempre com a voz alegre e segura de que ele irá se adaptar com facilidade.
Crie rotinas e leve o pet ao veterinário
As rotinas são importantes até para nós humanos, imagina para o pet.
Um pet com rotina pré-estabelecida fica muito menos estressado e muito mais confiante e seguro de como será o dia, podendo se guiar pelas atividades a serem feitas além de todo o auxílio prestado pelo tutor na melhora da qualidade de vida.
Além disso, mantenha uma rotina de checkups no veterinário para verificar se está tudo bem, seja com a saúde da visão, seja com a saúde de todo o resto.
Cuidar da saúde do pet já é importante, de um pet numa situação diferente como a cegueira é mais importante ainda!
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