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Riscos do uso de medicação oftálmica sem prescrição veterinária 

Quando o pet faz parte da família, qualquer hábito diferente ou sintoma de possível doença, o tutor tende a ficar atento, procurar auxílio e soluções. Porém, muitas vezes acaba por procurar em lugares errados. 

É muito comum que o tutor busque informações ou ajuda com amigos, familiares ou, até mesmo, na internet — estudos mostram que a influência da internet na automedicação em pets, é a principal fonte de informação para até 23,3% dos tutores. Geralmente, acabam por utilizar medicamentos sem prescrição e, ainda, algumas vezes, medicamentos para uso humano. 

Esse tipo de conduta traz inúmeros riscos ao pet, uma vez que informações na internet nem sempre são confiáveis, além do que diversas doenças se assemelham nos sintomas clínicos, e até mesmo o médico veterinário necessita de exames específicos para diagnosticar a doença.

Uma ação que parece inofensiva

A medicação oftálmica sem prescrição parece inofensiva, até mesmo pela facilidade de compra dos medicamentos, o aspecto e a facilidade de administração. É um colírio aqui, uma pomada lá e “tudo se resolve”.

Uma ação que parece não criar problemas, mas não passa de ilusão. Pois, o uso da medicação oftálmica sem prescrição  pode acarretar efeitos colaterais, resistência microbiana, associações perigosas e, até agravamento de uma doença já existente, visto que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas, e vários outros riscos.

Um exemplo é o uso de colírios com antibióticos de forma crônica e irregular. Essa situação, pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, o que, posteriormente, compromete a eficácia dos tratamentos. 

Outro fator a se atentar é sobre os colírios que possuem vasoconstritores. Eles podem levar a alterações cardíacas e elevação da pressão arterial — um dos mais perigosos é o corticóide, que, quando utilizado erradamente, pode promover piora grave do quadro. 

Os principais riscos da medicação oftálmica sem prescrição veterinária

Como os riscos dessa “automedicação” são inúmeros, separamos aqui, alguns dos principais:

  • Interações medicamentosas: acontecem principalmente quando se utiliza mais de um medicamento, podendo causar interações, sejam elas de anulação entre os dois medicamentos, potencialização ou até alteração do medicamento;
  • Reações alérgicas: as reações podem acontecer a um determinado medicamento e o tutor não saber. Quando há reações alergias e o pet tem um acompanhamento veterinário, ele é bem orientado a como reagir, diferente do que acontece na automedicação;
  • Resistência dos microrganismos: a utilização dos medicamentos antimicrobianos errados, com posologia errada ou até o uso desses medicamente sem devida necessidade pode gerar resistência aos microrganismos, dificultando os posteriores tratamentos, obrigando, muitas vezes, o médico veterinário a partir para tratamentos mais complexos;
  • Intoxicações:  a utilização de medicamentos sem a necessidade e ainda, com a dose errada pode trazer sérios problemas ao pet, como por exemplo, uma intoxicação podendo levar problemas sérios a saúde de seu pet.

Medicamentos humanos em pets

Muitos medicamentos humanos não são proibidos para os animais, nesse caso o médico veterinário faz a prescrição por inexistência de outro na linha pet. 

Porém, a prescrição deve ser feita exclusivamente por um médico veterinário. Ele é o especialista que dirá como utilizar o medicamento, sua posologia, além de dar todo o suporte necessário caso algo saia do planejado.

Medicação oftálmica apenas com prescrição veterinária

Os riscos corridos pelos pets não valem o poupar de ir ao veterinário.
Procurar ajuda especializada, de um veterinário oftalmologista, de preferência, é o melhor a se fazer diante de quaisquer situações quando o assunto são os olhos.

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