Descendente de grandes raças de cães de trenó, o Spitz, agora pequeno, tem uma história longa e interessante. O cão de cara de raposinha é compacto, ativo e capaz de competir em agilidade e obediência ou simplesmente ser um amigo da família.

O Spitz Klein e o Spitz Mittel são duas distinções do tipo mais antigo de cão, com restos fósseis e registros antigos que indicam que o Spitz remonta ao início da idade da Pedra. Independente, vigilante e ágil, o moderno Spitz mantém suas características originais desenvolvida para proteger a propriedade e seus mestres. Isso de modo algum sugere que a raça seja menos gentil, afetuosa e educada com sua família, dedicada às crianças e obediente à instrução.

O Spitz ostenta um corpo proporcional com uma pelagem dupla e espessa, pernas retas, uma cauda alta, emplumada e enrolada, e orelhas triangulares. Não há restrições à cor, com variações comuns incluem preto, creme, branco, marrom, vermelho e cinza. Na Alemanha, o Spitz alemão tem cinco variedades de tamanho: toy (Pomerânia), klein (pequeno), mittel (médio), wolfspitz ( Keeshond ) e gigante. Com uma expectativa de vida relativamente longa de 15 anos, não é incomum para um Spitz sobreviver a essa expectativa quando cuidado de acordo. Para isso, também podemos nos informar dos principais problemas oftálmicos do Spitz:

Atrofia Progressiva de Retina:

Caracterizada pela perda progressiva da função retiniana pela degeneração dos fotorreceptores (cones e bastonetes). É de origem hereditária, ou seja, os pais possuem genes da doença e passam para seus filhos. Por causar perda da visão, é possível perceber algumas alterações no comportamento normal do pet. Quando a doença começa a evoluir, a primeira dificuldade é enxergar durante a noite ou em locais com pouca luminosidade.

Cromodacriorréia ou mancha de lágrima:

É um problema comum nessa raça a qual apresentam uma pigmentação marrom-avermelhada dos pelos no canto nasal. Ela acontece devido alteração na drenagem da lágrima e/ou lacrimejamento (produção excessiva de lágrima). Manchas de lágrima são mais perceptíveis em cães de pelagem clara. O transbordamento da lágrima através das pálpebras leva umidade aos pelos. Esse ambiente facilita a proliferação de bactérias no local que são capazes de causar odor fétido e produzir pigmentos de coloração escura no local. Algumas vezes o tratamento é com procedimentos cirúrgicos ou apenas desobstrução do canal lacrimal.

Catarata:

A catarata consiste em uma opacidade do cristalino, o que impede que a luz penetre até a retina. Os sinais aos quais o dono deve estar alerta são a cor esbranquiçada do olho (na região da pupila) e os sinais de diminuição da visão do animal (desorientação, esbarrar em paredes, etc.). O único tratamento para a catarata é a cirurgia, no qual o cristalino é removido por um aparelho específico através de um procedimento chamado de facoemulsificação, técnica mais indicada e moderna atualmente. É uma cirurgia com uma taxa de sucesso alta. Contudo, esse sucesso encontra-se condicionado por vários fatores.

Ceratoconjuntivite seca:

Mais conhecida como olho seco, é um processo inflamatório da córnea e da conjuntiva que ocorre devido a deficiência da quantidade ou da qualidade do filme lacrimal, ou ainda uma combinação de ambas, resultando no ressecamento da superfície ocular. Possui várias etiologias, porém, acredita-se que a causa imunomediada (um processo do próprio organismo contra a glândula lacrimal) seja a mais comum. É uma doença oftálmica progressiva podendo levar à cegueira se não tratada. Na maioria dos casos, o tratamento clínico com uso de produtos tópicos que estimulam a produção lacrimal (imunomoduladores) e substitutos da lágrima (lubrificantes) proporcionam uma boa resposta.

O diagnóstico acurado e precoce das doenças oculares através de equipamentos específicos permite estabelecer o tratamento adequado para o paciente, aumentando as chances de preservar a visão. Portanto, a qualquer sinal de anormalidade, não deixe de nos procurar.