O Pastor Alemão originou-se na Alemanha em 1899, inicialmente criado como um cão de pastoreio quando um oficial da cavalaria alemã assumiu a missão de desenvolver o Pastor Alemão ideal. Criadores cruzaram várias linhagens de todo o país para criar a raça que conhecemos hoje. O Pastor Alemão tornou-se o principal cão de polícia, guarda e trabalho militar do mundo, preferidos por causa de sua força, inteligência, versatilidade e natureza obediente.

O Pastor Alemão tem sido consistentemente uma das raças mais populares nos Estados Unidos desde o início dos anos 1920, com um aumento de sua fama atribuído a estrelas de cinema canino Rin-Tin-Tin e Strongheart. Leal, confiante, corajoso e firme, o Pastor Alemão é verdadeiramente um ícone para os amantes de cães. O Pastor Alemão é uma raça geralmente saudável com uma expectativa de vida média de 12-13 anos. Embora o Pastor Alemão seja considerado uma raça com uma incidência relativamente baixa de problemas oculares existem algumas doenças com maior ocorrência na raça.

Pannus ou ceratite superficial crônica:

É uma doença da córnea progressiva, inflamatória e auto-imune. O Pastor Alemão é a raça mais comumente afetada. Sinais clínicos comuns incluem pigmentação (coloração marrom), vascularização (vasos sanguíneos) e opacificação (nebulosidade) da córnea. Essas alterações na córnea podem levar a cicatrizes e podem evoluir para deficiência visual severa ou cegueira em casos graves. Um aumento da incidência em certas raças, como o Pastor Alemão, sugere uma predisposição genética. A radiação ultravioleta e alta altitude aumentam a gravidade da doença. Portanto, os cães que vivem em grandes altitudes e áreas muito ensolaradas são freqüentemente mais afetados com a doença sendo de mais difícil controle.

Pannus é considerado uma forma de doença auto-imune, em que o corpo direciona uma resposta imunológica inadequada contra os tecidos da córnea. Apesar dos esforços dos pesquisadores, não existe cura definitiva. A boa notícia é que a grande maioria dos casos pode ser tratada com medicamentos tópicos que impedem o progresso da doença e amenizam as sequelas à córnea. Esta condição, no entanto, exige tratamento ao longo da vida com os melhores resultados vistos quando a terapia é instituída no início do curso da doença. Casos mais graves necessitam de cirurgia e da terapia com o uso de radiação beta. Óculos de sol para cães são uma opção para reduzir a exposição solar ajudando no controle da doença.

Atrofia Progressiva da Retina (PRA):

A PRA é um grupo de doenças hereditárias que causam degeneração da retina resultando em cegueira permanente. Inicialmente, o cão pode apresentar cegueira noturna que progride para perda de visão em um ambiente bem iluminado. As pupilas podem estar dilatadas e ter uma resposta lenta à luz. A catarata secundária também pode ocorrer com esta doença. O diagnóstico é feito por eletrorretinografia (ERG). Não há tratamento para a ARP e a condição é considerada irreversível, mas indolor.

Distrofia de córnea:

É um distúrbio hereditário primário, bilateral da córnea que não é acompanhado por inflamação corneana ou doença sistêmica. Aparecem clinicamente como opacidades branco-acinzentadas ou perolizadas na córnea paracentral ou central. A condição é bilateral e frequentemente tem aparência praticamente simétricas com variações no tamanho, forma e densidade das opacidades, podem ser progressivas e causar déficit visual importante. Em geral, distrofias corneanas não respondem ao tratamento medicamentoso tópico, lesões mais graves podem ser removidas e raramente recidivam.

Catarata:

É uma causa comum de cegueira em pastores idosos. A catarata consiste em opacidade do cristalino, o que impede que a luz penetre até a retina. Os sinais aos quais o dono deve estar alerta são a cor esbranquiçada do olho (na região da pupila) e os sinais de diminuição da visão do animal (desorientação, esbarrar em paredes, etc.). O único tratamento para a catarata é a cirurgia (com uma taxa de sucesso alta). Contudo, esse sucesso encontra-se condicionado por vários fatores.

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